quinta-feira, maio 28

Ontem, A Imaginação!


Ontem: - Olá professor! Estou lendo "A imaginação de Sartre" depois de ler uma biografia dele feita pela Anne Coen Solal!! Diz Lucia, ao telefone.
_ Gostei muito daquela biografia, digo eu, depois de algumas considerações sobre o tempo, a angústia sartriana etc. Mas parece que escapa-nos alguma coisa do livro citado: creio que Sartre, ele mesmo poderia dizer disso em sua conclusão d'A Imaginação.
"Eles [os psicólogos da época - 1936] colocaram o seguinte problema: como pode a existência da imagem conciliar-se com as necessidades da síntese - sem perceberem que na própria maneira de formular o problema estava já contida a concepção atomística da imagem. Na realidade, é preciso responder claramente: a imagem, se continua sendo um conteúdo psíquico inerte, não poderia de forma alguma conciliar-se com as necessidades da síntese. Ela só pode entrar na corrente da consciência se ela mesma é síntese e não elemento. Não há, não poderia haver imagens na consciência. Mas imagem é um certo tipo de consciência. A imagem é um ato e não uma coisa. A imagem é consciência de alguma coisa".
Sartre se ocupará deste assunto em "O imaginario", em "O ser e o nada", mas, mais nada falará disso pelo resto de sua vida; deixou para outros prosseguirem com essas reflexões, enquanto se tornaria o furacão intelectual da Europa dos 20 anos seguintes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FREUD - GRUPO DE ESTUDOS

  1 – Dos livros: vamos ler a publicação das “Obras Completas de Freud", da Companhia das Letras, tradução do alemão, que por sua vez, ...